Previsões ou Prevenções?


Previsões Astrológicas sob o entendimento da Teoria Quântica 

Se você já se preocupou em pensar sobre o futuro, pode ter chegado à conclusão que existe um destino ou uma missão. Mas, pensou sobre o destino como predeterminado? Acredita que escolhe este destino a cada momento de vida ou existem “forças” que o direcionam? São questões difíceis de serem respondidas de maneira simples e direta.

Acreditar em um destino traçado previamente diminui a possibilidade de se fazer escolhas. Quando W. Heisenberg descobriu os princípios da incerteza no comportamento de partículas quânticas, ele lançou uma teoria incômoda para o mundo: a parte da matéria que também se comporta como onda depende da medição e, portanto, da observação. A partir deste momento, tivemos que admitir que tudo à nossa volta são possibilidades, pois tudo é constituído pela sutilidade subatômica. Portanto, temos a responsabilidade de tornar as possibilidades em algo real quando as observamos conscientemente. Se acreditamos em um destino traçado e determinado, “patinamos” nas ondas de possibilidades e somos meros objetos em trânsito submetidos às escolhas dos outros, sem autoria existencial.

Se assumimos a responsabilidade da escolha no mundo das possibilidades, nos tornamos parte da experiência como observadores quânticos. É como um renascimento, pode ser complexo e doloroso para alguns, pois é mais fácil acreditar em uma máquina infalível que nos conduz para um determinado fim do que assumir a responsabilidade de sermos nós mesmos, e do que queremos.

No entanto, existem acontecimentos que fogem do nosso controle e não são de nossa escolha. Como lidamos com isto? A morte e as perdas, por exemplo, estão fora de nossa alçada. Podemos entender diante da complexidade de nossa vida sob o Tempo e o Espaço, que podemos nos comportar como autores de nossa existência, mas também temos que fazer escolhas sob o desamparo dos acontecimentos indiferentes à nossa vontade.

O conhecimento da Astrologia demonstra como ocorre esta diferenciação. Os astros são divididos em:

  1. Pessoais: Lua, Sol, Mercúrio, Vênus e Marte;
  2. Intermediários: Júpiter e Saturno;
  3. Transaturninos ou geracionais: Urano, Netuno e Plutão.

Os astros pessoais referem-se a nossas características ou potencialidades de nascimento. Suas localizações por signos e os aspectos que fazem entre si (ângulos) representam nossas qualidades energéticas, coragem, inteligência, intelecto, gostos, corporeidade, relacionamentos, amor, vontade, realização essencial, emoções, necessidades, ou seja, tudo aquilo que refere-se a nossa individualidade ou singularidade. A partir deles temos o livre-arbítrio de desenvolvê-los, ou seja, levando-se em conta uma hierarquia entrelaçada entre eles, entre eles e os demais astros, podemos desenvolver seus potenciais que permitem nossas escolhas individuais de acordo com o que chamamos de autoconhecimento.

Os astros intermediários referem-se aos ciclos de interseção entre nós como microcosmos e o macrocosmo no qual estamos inseridos. Eles realizam uma espécie de “respiração cósmica” diante de nossas possibilidades, expandindo (Júpiter) ou retraindo (Saturno) as ondas de possibilidades, principalmente em seus ciclos temporais sobre os astros pessoais. Ambos os astros “constroem” o meio no qual os astros pessoais desenvolvem seus potenciais. As escolhas pessoais diante destes ciclos moldam cada astro pessoal para seu potencial positivo, bom, equilibrado ou negativo, mau, caótico.

Por fim, os astros transaturninos ou geracionais são, como os respectivos nomes já dizem, consideravelmente distantes dos demais e da Terra. Portanto, seus ciclos são lentos, duram anos, assim como os aspectos que os mesmos fazem sobre os astros pessoais. São eles os responsáveis pelos acontecimentos globais, geracionais e, também, por acontecimentos em nossa vida sobre os quais não temos controle como perdas, mortes, acidentes, interseções ou começo de relacionamentos e todas as “fatalidades” que acometem nosso caminho de vida. Apesar de não termos controle sobre suas influências geracionais e pessoais, seus ciclos sobre nossos astros pessoais e, até mesmo, sobre os astros intermediários, provocam as grandes mudanças de paradigma e os saltos quânticos evolutivos quando nossos astros pessoais estão conectados com seus potenciais positivos e equilibrados. São eles que nos libertam de padrões ultrapassados (Urano), nos conduzem a situações, relacionamentos e percepções sutis da sincronicidade (Netuno) e transformam profundamente vários aspectos da nossa vida humana (Plutão). Quando vibramos negativamente frente às potencialidades de nossos astros pessoais, os “arcanjos transaturninos” voltam-se contra nós com rupturas, perdas, rompimentos repentinos, doenças psicossomáticas, ilusões, escapismos, drogas, suicídio e outros agentes do caos. É quando reclamamos do destino, nos perguntamos por que merecemos tal turbulência em nossa vida e, provavelmente, alguns começam a atribuir culpa a outros ou a entidades vingadoras.

Desta forma, conhecer os ciclos futuros dos astros intermediários e transaturninos sobre nossos astros pessoais não revela “previsões”, mas sim “prevenções”. Cientes dos potenciais que podemos desenvolver e dos ciclos expansivos, harmônicos, desafiadores que eles trazem é o melhor caminho para se tornar um observador consciente, prevenir e compreender os aprendizados que os deuses mitológicos - personificação dos planetas - têm a nos oferecer.

No Cosmo existem forças ao alcance de ser manipuladas a favor de nossa evolução e forças fora do nosso alcance, que constituem os aprendizados para os grandes saltos quânticos evolutivos. Conhecê-las nos dá o poder da sabedoria de optar pela harmonia e aprendizado. Nossa vida é um piscar de olhos para o Universo, mas é a parte de um Todo na busca contínua da perfeição. Não existe estagnação no Cosmo, estamos sempre sob a influência cíclica de um ou mais astros. Cabe a cada um de nós nos tornarmos magos com o poder de manipular, prevenir e usar determinada força para a Grande Obra de cada um.

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