O Padrão Feminino na Atualidade
Antes dos primórdios do feminismo, o papel da mulher era definido simplesmente como consorte do homem. Seus principais atributos eram ser uma boa esposa e boa mãe. Talentosa nas artes domésticas, cozinhando com criatividade e prevenindo o desencadeamento de situações insalubres, sempre se dedicando à limpeza e à organização do lar. Além disso, dedicava-se com responsabilidade à educação dos filhos. Uma minúscula minoria saía do padrão pela tangente, mas enfrentava julgamento e solidão.
Sessenta anos depois, o papel da mulher está mais confuso do que nunca, apesar de toda a diversidade, revolução sexual, igualdade de gêneros etc. Por que, mesmo com toda a liberdade e proliferação de padrões, o julgamento e a solidão ainda perduram? Após a revolução cultural e sexual dos anos 60, as mulheres puderam recuperar sua autoria existencial. Quem não queria casar, ter filhos, cuidar da casa, optaria por uma vida de estudos e de realização profissional. Algumas heroínas escolheram dupla jornada e, com sorte, conseguiam compartilhar as tarefas domésticas com o parceiro. Heroínas estas que enfrentavam competitividade e preconceito muito grandes no mercado de trabalho.
Toda a liberdade e igualdade oferecida às mulheres do século XX, transformou-se em caos venenoso no mundo progressista atual.
No esporte, as mulheres têm que se submeter à força dos trangêneros que se identificam como mulheres. Mesmo com tratamento hormonal, estes nascidos homens têm e sempre terão a força superior às mulheres, provocando desequilíbrio nas competições e até problemas maiores conforme testemunhamos nas últimas Olimpíadas.
A indústria da propaganda ao lado de concursos de beleza têm optado por transgêneros em detrimento das mulheres a fim de adaptra-se ao politicamente correto. No documentário de Matt Walsh, “What is a woman?”, este dilema está bem dissertado. Toda esta redefinição ideológica de 'mulher' chegou a causar insanidades como a sugestão da troca do vocábulo 'mãe' para 'pessoa que pare', pois mulher não é mais um gênero, mas uma opinião.
Por outro lado, aqueles chamados de conservadores, preferem o recuo de 60 anos na história, ou seja, afirmam que toda mulher não só é uma mãe em potencial, mas depende exclusivamente da maternidade para autorrealização.
Infelizmente, estamos em uma era perniciosa onde, novamente, a autoria existencial e a singularidade femininas estão sob o escrutínio de radicais e fundamentalistas, cujo interesse é promover ideologias sem o mínimo cuidado humano. Para extrair a sanidade em meio ao caos causado por este interesse distorcido da mente globalista e beligerante, sempre é um bom caminho olhar com a perspectiva hermética da ciência do autoconhecimento combinadas entre o Tarot e a Astrologia.
Os talentos e singularidades são facilmente indicados no mapa astrológico de nascimento, especialmente nas configurações da Lua e de Vênus, astros pessoais que reúnem os gostos, relacionamentos e o potencial materno nos mapas femininos.
O signo lunar revela a capacidade maternal, as necessidades para o sentimento de plenitude, as alterações de humor e a expressão emocional de cada mulher. Claro que o mapa masculino também possui seu signo lunar, no entanto, estamos tratando aqui do mapa feminino, que nos permite extrair elementos diferenciados. Além dos 12 signos onde a Lua pode ser encontrada no momento do nascimento, existem outras 12 casas astrológicas e aspectos (ângulos) realizados entre a Lua e os outros 9 astros, sem contar aspectos com o ascendente e o meio-do-céu, ou seja, cada Lua no mapa astrológico corresponde à complexidade das emoções individuais. Em outras palavras, cada mulher sente, protege, nutre, se emociona, se sensibiliza, tem necessidades de forma única, de acordo com a singularidade de sua Lua de nascimento.
A Sacerdotisa, arcano maior, é a primeira figura feminina do Tarot de Crowley e é representada pela deusa grega Ártemis e regida pela Lua. Ártemis é a deusa da caça, da vida selvagem, ou seja, da Natureza e da pureza instintiva. Tal qual a base de nossas emoções, a ousadia e a espontaneidade estão relacionadas a este arcano feminino e demonstra o quanto precisamos ser autênticas com a natureza daquilo que precisamos e sentimos. Por exemplo, se você nasceu com a Lua em Sagitário na casa 11, a necessidade de viajar com amigos faz parte da sua personalidade. Portanto, qualquer alteração de humor, melancolia e sentimento de solidão a leva instintivamente a planejar uma viagem com a galera! Esta é a sua Sacerdotisa interior: a busca pela satisfação e plenitude, que independem da opinião dos outros ou de concepções ideológicas. Muitas doenças psicossomáticas têm início pelo bloqueio da manifestação emocional ou intimidação das próprias necessidades.
Vênus é outro astro condizente com o arquétipo feminino e diferencia-se da Lua pelo seguinte: o signo lunar representa o que você necessita, já o signo venusiano é o que você deseja. Eles nem sempre estão de comum acordo, ou seja, nem sempre o que precisamos é o que desejamos, não é verdade? O signo onde Vênus se encontra no momento do nascimento indica aquela energia que gostamos, valorizamos, e admiramos em outra pessoa. Também pode estar presente nos 12 signos, 12 casas e realizar aspectos com outros astros e assim por diante. Por isto que o arcano maior A Imperatriz no tarot representa a soberania do amor, que também é singular. Se uma mulher nasceu com Vênus em Touro, ama o conforto que o mundo material proporciona. Dizer a ela que deve 'sair da zona de conforto' pode não soar muito agradável, assim como mudar a decoração de casa ou vestir roupas baratas. A Imperatriz é um arcano regido por Vênus e segura a flor de lótus junto a seu chakra cardíaco. Cada mulher tem sua Vênus soberana que busca a qualidade de relacionamentos de acordo com a localização deste planeta. Vênus em Virgem, por exemplo, busca o relacionamento pragmático, com propósito de dividir tarefas ou compartilhar rotinas de trabalho. Não parece nada romântico, mas as ilusões românticas são fabricadas em filmes e novelas. Vênus em Peixes pode ser romântica e sonhadora, mas se estiver na casa 12, irá gostar de sonhar com fadas, gnomos no sossego da sua solitude. Vênus em Gêmeos na sétima casa quer um parceiro com afinidades intelectuais e prioriza a conversa nos relacionamentos.
Enfim, a combinação entre Lua, Vênus com outros astros, localizações por casas, aspectos são quase infinitos. O problema é a indevida submissão da mulher ao status quo genérico dos dias de hoje.
A boxeadora italiana Angela Carini, por exemplo, recusou-se a lutar com um transexual nas Olimpíadas e foi duramente criticada por uns, e apoiada por outros. Se considerarmos sua Lua em Áries no nascimento, podemos entender sua necessidade emocional em expressar agressão a partir da luta, competitividade e impacto, o que é muito saudável para expurgar a energia ansiosa da Lua ariana. No entanto, sua Vênus encontra-se em Libra, alinhada ao Sol. Dar uns socos com a Lua em Áries é necessário e prazeroso, enquanto existir equilíbrio e equanimidade libriana! O alinhamento com o Sol e o trígono com Urano libertam esta Imperatriz de qualquer imposição alheia. Assim, conhecemos a autenticidade e a singularidade de cada mulher livre para fazer suas próprias escolhas. E você? Como se comportam sua Sacerdotisa e sua Imperatriz? Você as deixa se manifestar ou controla sua autoria existencial?
Comentários
Postar um comentário