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Mostrando postagens com o rótulo mitologia

A História do Oráculo de Delfos

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  Nos primórdios da cultura grega antiga, há mais de três mil anos, um pastor notou que algumas cabras do seu rebanho eram tomadas por um comportamento estranho quando passavam perto de uma fissura na terra de onde saía um vapor putrefato. Alguns dos animais acabavam pulando dentro desta fenda e, quando este pastor se aproximou, também foi tomado por um delírio terrível quando aspirou este vapor acabando por se precipitar na misteriosa fenda após dizer coisas ininteligíveis. Após algumas ocorrências deste tipo nas encostas do monte Parnasso, construíram um templo dedicado a Apolo neste local, pois o vapor originava-se da carne em decomposição da serpente Python aniquilada por este deus. Esta fenda ou caverna também foi considerada o “umbigo da Terra”, pois os povos antigos em sua sabedoria magistral consideravam nosso planeta um ser vivo: Gaia. Após a construção do templo e do trípode de ouro com três serpentes entrelaçadas, sacerdotisas virgens chamadas pitonisas se estabeleciam...

MITOLOGIA NÃO É “CRENDICE”!

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Li um artigo de um acadêmico na área da Filosofia que, com a costumeira arrogância cada vez mais comum a esta casta “superior”, afirma ser a mitologia uma crendice. Referia-se à Grécia pré-socrática, quando supostamente não se pensava na própria existência, mas as histórias de deuses, deusas e heróis refletiam nas almas ou na psique coletiva da época ideais e condutas motivacionais. Claro que os mitos fundamentaram as religiões na Antiguidade, por isto que ainda podemos conhecer ruínas de templos e resquícios dos mesmos em parques arqueológicos em praticamente todos os lugares da Terra. Suas histórias precedem a escrita e, assim como a Astrologia, não existe um “marco inicial” identificável. Aproveitando o “gancho” é óbvia a conexão entre as histórias mitológicas e o significado planetário na interpretação do mapa astrológico. O mapa astrológico nada mais é do que a história de deuses, heróis e vilões que representam a nossa singularidade existencial, ou nosso reino interior. Isto é o...

Reflexões sobre Jung, o astrólogo

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  “ A alquimia é inconcebível sem a influência de sua irmã mais velha, a astrologia, e as declarações destas três disciplinas [mitologia, alquimia, astrologia] devem ser levadas em consideração em qualquer avaliação psicológica dos luminares [Sol e Lua]...Astrologicamente, esse processo [alquimia] corresponde a uma ascensão pelos planetas, desde o escuro, frio e distante Saturno até o Sol. A ascensão pelas esferas planetárias significava, portanto, algo como um desdobramento das qualidades caracterológicas indicadas pelo horóscopo natal. Qualquer pessoa que tenha passado por todas as esferas está livre da compulsão; ela ganha a coroa da vitória e transforma-se em algo como um deus. ” The Collected Works of C. G. Jung. Esta retificação alquímica a qual Jung refere-se como a “ascensão” de Saturno até o Sol pode também ser traduzida como a transmutação do metal correspondente a Saturno (chumbo) no metal correspondente ao Sol (ouro). Provavelmente, quando ele utilizou o vocábulo “asc...

Sísifo e as Armadilhas Existenciais durante Trânsitos Planetários

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  Sísifo é um personagem mitológico conhecido por empurrar com dificuldade uma enorme pedra montanha acima, que acaba rolando de volta até seu local de origem fazendo com que ele repita o processo, perpetuando o castigo eterno imposto pelos deuses. Ele costuma representar os sistemas de trabalho em sua rotina monótona e sem significado. Entretanto, o que Sísifo fez para merecer tal sina? Sísifo era descendente de Prometeu, aquele que roubou o fogo dos deuses para proveito da Humanidade, então é fácil perceber que a rebeldia fazia parte de sua hereditariedade. Também era tido como o mais esperto dos mortais. Fundador e rei de Corinto, lamentava que seu reino era pobre em água doce, o que causava naturalmente grandes problemas de sobrevivência da população. Um dia testemunhou um dos famosos raptos de Zeus que, na forma de uma águia, levou Égina, filha de Asopo, que entristeceu-se com a ausência da filha. Ardiloso, Sísifo relatou a Asopo que sabia do paradeiro de Égina, mas iria cont...