Astrologia Clínica

 

Em junho de 2020 iniciei meus estudos em Filosofia Clínica, um método terapêutico baseado na Filosofia Prática, cuja sistematização é de autoria do filósofo brasileiro Lúcio Packter. Aqueles que me conhecem há algum tempo, sabem que estou permanentemente estudando e pesquisando assuntos que aprimoram minha evolução profissional tanto como astróloga, quanto como terapeuta. Ao longo dos últimos 22 anos, obtive formações em Terapia Floral, Homeopatia Clássica, Ativismo Quântico, Alquimia Prática e, mais recentemente, em Filosofia Clínica.

Obviamente, meu despertar para a Filosofia Clínica teve como pano de fundo a similaridade com os fundamentos da Astrologia e da Homeopatia Clássica como terapia. O fato da Filosofia Clínica não considerar a doença ou o diagnóstico reducionista, mas o indivíduo em sua singularidade e complexidade me fez traçar paralelos com a interpretação do mapa astrológico. É interessante destacar que a historicidade, ferramenta básica da clínica filosófica, é uma espécie de “revelação” da interpretação do mapa astrológico, que seria o “negativo”, em uma analogia com o antigo processo fotográfico. Em outras palavras, a interpretação do mapa astrológico representa todos os potenciais do indivíduo para desenvolvimento ao longo dos ciclos planetários. Já a historicidade é a “revelação” deste “negativo”, ou seja, as escolhas, o percurso do indivíduo editados por ele mesmo ao longo do tempo e de todas as circunstâncias de sua vida. Esta historicidade editada pelo partilhante, cujas escolhas, buscas, visão de mundo, emoções, visão de si mesmo, raciocínio, pré-juízos, princípios de verdade, paixões dominantes, armadilhas conceituais, dentre outros, compõem os tópicos da EP (estrutura de pensamento) que, se comparados com os movimentos planetários sobre o mapa de nascimento ao longo de sua existência, conseguimos identificar padrões cíclicos durante a interação entre tópicos e aspectos planetários.

Quem já teve seu mapa de nascimento interpretado com profundidade, vislumbrou uma gama de possibilidades que foi estimulada, bloqueada ou desviada ao longo das interseções com família e a sociedade, das oportunidades ou limitações dos locais em que viveu, da situação econômica vigente e de outros fatores exógenos. Estas vivências, se entendidas em paralelo aos ciclos temporais sobre o mapa de nascimento podem ser relevantes em uma terapia onde questiona-se o vazio, a falta de felicidade e de completude, por exemplo. Quando o partilhante relata suas vivências, alguns tópicos se tornam relevantes e, até mesmo, contraditórios.

Os tópicos e os padrões relacionados estão no discurso do partilhante. Sua narrativa revela o que habita em sua estrutura de pensamento quando reflete sobre sua existência. É como uma sinfonia com altos e baixos, prelúdios e interlúdios, basicamente. Comparar as divisões desta sinfonia com os ciclos planetários paralelos e concomitantes torna a terapia rica em significado, além de proporcionar orientações mais eficazes.

A grosso modo, o objetivo do meu novo trabalho terapêutico é ter uma visão integral da pessoa observando atentamente a realização do potencial astrológico ao longo da história de sua vida. Este tipo de análise é intenso, profundo, investigativo no que tange aos assuntos imediatos, ou seja, os problemas, os sofrimentos, os questionamentos que levam a pessoa a buscar esta orientação.

O caminho terapêutico inicia-se nas proximidades da Lua Nova, ou seja, a partir da Lua Balsâmica (três dias antes da Nova) até a Lua Crescente (três dias depois). Como o próprio mestre Carl Gustav Jung ensina, a Lua Nova é o melhor período para se demarcar o começo de uma terapia. A razão é bastante sutil: como as fases lunares influenciam nossas emoções e psique, é na fase nova que costumamos estar mais introspectivos, tornando mais acessível os conteúdos mais profundos da nossa alma. É válido lembrar que o rápido movimento lunar não influencia exclusivamente o âmbito simbólico no mapa astrológico, mas também processos físicos e temperamentais do mundo sublunar.

A partir da primeira sessão terapêutica, o percurso é personalizado. Enquanto a maior parte das terapias e “psis” preocupam-se em classificar o indivíduo em algum distúrbio ou transtorno, a Astrologia Clínica busca o interior, a essência e a voz da alma de cada microcosmo. A OMS divulgou em 2022 que os transtornos mentais são as doenças mais incapacitantes que atingem a humanidade. Dentre elas, destaca-se a depressão e a ansiedade. No entanto, a depressão se manifesta de forma semelhante em todos os indivíduos? No mapa astrológico e nos ciclos planetários existem uma infinidade de aspectos saturninos que podem deflagrar o que se costuma chamar de “depressão”. No entanto, são muitas variantes, gatilhos e caminhos. A Filosofia Clínica também percebe este problema sem a rotulação típica das terapias comportamentais e positivistas.

O mundo pós-moderno nos 'pré-ocupa' com questões externas quase que diariamente: a estabilidade econômica e a segurança, cada vez mais difíceis de atingir; a cobrança social por um status bem sucedido; as exigências de uma vida em que a maioria das mulheres precisa se dividir entre afazeres domésticos, maternidade e profissão; a violência que avança significativamente, principalmente nos meios urbanos; o isolamento renitente pós-pandêmico; a confusão nos valores éticos e a imposição de uma predominância de visão de mundo, que defende alguns pontos de vista e condena os demais. Enfim, a alma humana merece o cuidado da Astrologia Clínica: uma nova abordagem terapêutica que une o profundo autoconhecimento da Astrologia com a belíssima sistematização e construção de Lúcio Packter, promovendo a escuta e enfatizando a alteridade. Se levarmos em conta as crescentes estatísticas no âmbito das “doenças mentais”, concluímos que as terapias atuais não estão em sintonia com a atualidade da alma humana, que anseia por algo completamente diferente, inclusivo mas não invasivo, que recupere a autoria existencial de cada um de nós.

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