Júpiter e Vênus em Câncer

A conjunção entre Júpiter e Vênus em Câncer, que acontece hoje, inspira uma boa reflexão. Vênus em Câncer busca segurança e aconchego nos relacionamentos amorosos. É aquela pessoa que fica de boa em casa com o amor assistindo a um filme no sofá com um chocolate quente.

Júpiter amplifica este desejo de segurança, aconchego e até acrescenta um balde de pipoca para acompanhar o filme!

Para muitos, isto significa a realização de um sonho, estar em harmonia com o ser amado, sem interrupções ou problemas no conforto do ninho.

Nem sempre, sonhos são realizados ou, se são, têm data de validade. É cada vez mais difícil notarmos uniões ainda sólidas após anos de duração.

Na Astrologia, o estudo comparativo de mapas astrológicos para relacionamentos chama-se Sinastria. A Sinastria identifica pontos em comum, aspectos fluentes e harmonizadores, desafios, complicações e uma gama de singularidades que facilitam ou problematizam a união. No entanto, o que pessoalmente acho mais importante, é o momento ou o nascimento da relação: o começo do namoro, o primeiro beijo ou aquele friozinho na barriga na presença do outro. É este momento que demonstra a ligação, o porquê da conexão de almas. E este momento é simbolizado no céu por aspectos dos astros sobre os mapas de nascimento de ambos. Não existe encontro significativo sem a interseção do Cosmos, principalmente, por parte dos astros transaturninos. Não estou menosprezando Saturno ou Júpiter nas aproximações, mas as uniões relevantes estão umbilicalmente ligadas aos três arcanjos provocadores dos saltos quânticos: o relacionamento transformador, que não deixa pedra sobre pedra da sua vida anterior sinalizado por Plutão; o sentimento de encontro de almas após várias encarnações, a telepatia, o devaneio que a presença do outro provoca através de Netuno; e, aquele amor inusitado, diferente, que derrubou padrões e perfis rígidos de união por Urano.

Estes três deuses ou arcanjos poderosíssimos permanecem durante anos em aspecto sobre os astros do mapa de nascimento. A casa astrológica relativa aos relacionamentos é a sétima. Ela pode conter astros ou estar vazia, porém o astro regente desta casa tem algo a dizer sobre ela. Se você tem Touro na cúspide da sua sétima casa, por exemplo, é bom investigar seu regente, Vênus. Ele pode estar em Aquário passando por uma longa conjunção de Plutão. Hades, versão grega de Plutão, pode estar encaminhando seu relacionamento ou possibilidade para tal às crises infernais, aniquilando padrões anteriores ou atraindo interseções com pessoas dominadoras, manipuladoras, sensuais e instintivas o suficiente para controlar sua vida hipnoticamente. Este exemplo é apenas um detalhe para você entender o quanto os relacionamentos são importantes no processo evolutivo individual, no salto quântico astrológico e no entendimento de que não existem contos de fadas, mas o propósito da interação na sociedade. Em outras palavras, a longevidade do relacionamento depende da conscientização promovida pela análise da sinastria e o consequente discernimento pela compreensão do entendimento profundo do potencial do outro. É como se o relacionamento em si fosse um ser vivo, dinâmico, sujeito aos encantos primaveris e à frieza do inverno, sabendo que tudo no Cosmos é cíclico.

Não existem meros acasos nos encontros de almas. Quando sentimos afinidade e queremos nos aproximar de alguém, somos atraídos por uma espécie de campo magnético sutil estabelecido no Plano Astral. Naquele momento, precisamos daquela pessoa e da energia sutil que ela traz, e isto é definido pelos aspectos do Cosmos sobre ambos os microcosmos do casal. Trata-se de um processo de aprendizado, do despertar de potenciais de ambas as partes, que configura o “dar e receber”.

Por isto que a frustração da incerteza ou da falta de permanência da paixão ou do sentimento mútuo não deveria existir sob a primazia do entendimento astrológico ou da sinastria. O dinamismo dos ciclos astrológicos sempre trarão releituras do relacionamento ou da pessoa que amamos. Perceba que muitos dos relacionamentos longevos tornam-se amizades, pois o amor fraterno presente na amizade é livre, é aquariano ou uraniano. Trata-se de um enorme desafio de desapego.

 



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