Sínteses

 


A Astrologia é uma síntese”

Aforismo da iniciação órfica


A Astrologia sintetiza a lei da correspondência hermética e todo o conhecimento psíquico humano da Antiguidade. É a linguagem do divino, herança dos atlantes, cuja ciência espiritual rompeu as barreiras entre a subjetividade e a objetividade, desenvolvendo poderes sobre-humanos que os levaram à cobiça e destruição quando puseram o mundo sensorial acima do espiritual. Herdeiros e mensageiros desta cultura migraram para as mais diversas partes do mundo: Egito, Índia, Pérsia, Américas, Península Itálica e transmitiram não apenas o conhecimento da Astrologia, como também a Medicina, a Alquimia e a Matemática. As civilizações herdeiras egípcias, etruscas, hindus, astecas dentre outras foram influenciadas pelos mensageiros e herdeiros conhecidos como Hermes de Trimegistro, Zoroastro e Orfeu. O Hermetismo e a Cabala são as maiores sistematizações desta herança, uma vez que o Antigo Egito foi a civilização que mais valorizou estes mistérios e iniciações atlantes e os disseminaram por meio das obras de Trimegistro – ou Thoth -, Moisés, além das iniciações de Pitágoras, Orfeu, Platão e Tales de Mileto pelos sacerdotes de Tebas.

Quando estudados em profundidade, tanto a Cabala como o Hermetismo revelam-se como ciências espirituais em todo o seu esplendor e perfeição divinos que pulverizam todo tipo de crendices, dogmatismos e vaticínios tendenciosos como interpretação de eclipses, luas fora de curso, Mercúrio retrógrado e outras tolices que deturpam a ciência e filosofia hermético-cabalista. Após 25 anos estudando e praticando a Astrologia, não percebi nenhum sentido, nenhuma analogia ou acontecimento relevante trazido por qualquer eclipse, seja solar, lunar, total, parcial ou penumbral. Trata-se de um belo fenômeno que, em tempos de escuridão intelectual, era tratado como vaticínio de maldições ou catástrofes. Infelizmente, as trevas intelectuais ainda persistem pela falta de leitura, estudos, pesquisas e, principalmente, raciocínio. O exemplo do eclipse é o mesmo do regente anual: existe um frenesi a princípio, mas é facilmente esquecido, tal qual um gaslighting. Acreditar é mais fácil do que pensar para aqueles que costumam seguir o movimento de manada, que está se tornando cada vez mais comum graças a uma doença distópica do século XXI chamada globalismo, cuja contaminação se tornou viral desde o final do calendário maia (21/12/2012).

Quando me questionam sobre o possível impacto de eclipses, retrogradações, regentes anuais e outras crendices genéricas da astrologia fast-food, demonstro a complexidade e a singularidade dos trânsitos planetários sobre seus mapas natais. Estas interpretações singulares respeitam a máxima thelêmica “cada homem, cada mulher é uma estrela”, ou seja, cada estrela tem seu brilho próprio. Almas interconectadas são como estrelas no Cosmo, mas únicas e diferenciadas de acordo com sua essência, que reagem frente aos desafios dos aspectos planetários de acordo com seu potencial e livre-arbítrio.

Se observarmos o esquema criacionista da Árvore da Vida, compreendemos o poder dos astros transaturninos na nossa conexão com a Substância Primordial (Urano); com a Criação de Arquétipos (Netuno) e com a Destruição e o Abismo (Plutão) que interfere nas civilizações como um todo, como aconteceu com os atlantes, egípcios, astecas, etruscos pelo simples movimento de morte e renascimento, criação e destruição. Nossa civilização atual também é impermanente e sujeita à evolução ou à extinção. O processo evolutivo atinge não somente o indivíduo, mas a sociedade ou civilização principalmente pelos movimentos dos trasaturninos.

O globalismo e as distorções genéricas e superficiais das ciências espirituais estão cumprindo sua função: controlar o rebanho de acordo com a vontade de poucos dominadores e a partir do medo e submissão às catástrofes que mantêm os ignorantes na servidão do obscurantismo intelectual e espiritual. Cabe a cada um trilhar o caminho para fora da caverna em direção à Luz do Conhecimento intuitivo. Plutão em Aquário traz esta chance: a destruição da dominação/servidão ou o abismo da continuidade da escuridão. Cabe a nós, civilização atual, a escolha entre a evolução ou extinção.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Padrão Feminino na Atualidade

Orientações para o período

URANO E MARTE EM TOURO