Samhain e o Encontro com o “Outro Mundo”
Conta-se mais de 400 anos em que a ciência empírica tenta refutar a existência de qualquer coisa não compreendida pelos nossos sentidos físicos. Mesmo com as recentes descobertas de Graham Hancock na arqueologia sobre paralelos entre artefatos descobertos no Acre e os da Grécia Antiga, dentre outros mistérios mais conhecidos, a ciência empedernida no alto de seu púlpito não considera evidência em cima de evidência que ainda existe um universo a ser explorado que foge às nossas limitações. Mistériosainda aguardam respostas como a construção das pirâmides, o transporte dos monolitos de Stonehenge e a idade dos moai na Ilha de Páscoa, só para começar. O problema é que a ciência evita sequer imaginar que uma civilização avançada já deu as caras por aqui há muitos milhares e, talvez, milhões de anos.
No entanto, nem todos os cientistas compartilham desta visão limítrofe. O professor Amit Goswami, quando respondeu a meus questionamentos, disse-me que “o astrólogo perdeu a intuição” demonstrando, não apenas neste diálogo como também em alguns de seus livros que considera a Astrologia, dentre outros conhecimentos da Antiguidade, uma possibilidade a ser estudada. Ele não foi o primeiro. Carl Gustav Jung dedicava-se seriamente ao estudo da psique humana abrangendo a correspondência entre o macro e o microcosmo representada minuciosamente pelo mapa astrológico. E, ao lado das pirâmides, dos monolitos e dos moai, o conhecimento da Astrologia parece ter 'aparecido' juntamente com o começo da Humanidade sem vestígios de sua origem e razão de existir a não ser tão somente a agricultura.
Stephen Arroyo também percebeu a perda intuitiva do astrólogo quando, por meio da sua aproximação com os ensinamentos junguianos, criticou os vários livros no formato de manuais racionais que tentam distorcer a Astrologia em uma ciência empírica, o que frustrou e ridicularizou muitos astrólogos que se dedicaram a intensas pesquisas estatísticas. Esta distorção deu ensejo aos pseudo-profetas e vaticinadores que interpretam o mapa astrológico de maneira determinista, ou seja, você é aquilo que seu mapa representa e não existe nenhuma hipótese de mudanças. Esta visão da Astrologia apenas contribuiu para seu descrédito. Arroyo também afirma que estes manuais ou livros que tentam limitar a Astrologia em descrições estanques acaba fazendo com que o astrólogo “ande em círculos sem nunca chegar ao centro”. Creio que isto seja o problema da maioria dos profissionais que se dedicam ao estudo das ciências ocultas apenas de forma racional, sem compreender o todo. Muitas vezes, não conseguimos enxergar a floresta por causa de tantas árvores, certo?
Ora, somos dotados do potencial intuitivo justamente para compreender a floresta a partir de insights. É o que demonstra o professor Goswami, quando ele define o intelecto supramental: trata-se de uma 'nuvem' – para usar a terminologia internáutica – onde existem todas as conexões psíquicas possíveis. Em outras palavras, é o mundo das Ideias de Platão ou o inconsciente coletivo de Jung, universos que acessamos intuitivamente ou mediunicamente, mas que não podem ser comprovados empiricamente. Este “outro mundo” também é mencionado por praticamente todas as religiões e filosofias dedicadas à espiritualidade. Para os pagãos, o dia 31 de outubro é dedicado à celebração deste contato com o 'mundo dos mortos' ou o mundo invisível.
Minha esperança é a mudança destes paradigmas científicos ao longo dos próximos 20 anos durante o trânsito de Plutão em Aquário. Enquanto segredos e mistérios como os arquivos sobre a existência de Atlântida nas câmaras ocultas da esfinge de Gizé não forem trazidos à tona para conhecimento do público, pesquisadores como Graham Hancock dentre outros continuarão a ser barrados ou ridicularizados. Edgar Cayce, o profeta adormecido, mencionou a exata localização destes arquivos. No entanto, a escavação deste local foi proibida pela polícia egípcia.
A manutenção e o controle do status quo sempre beneficia quem está no poder. Descobrir certas verdades que podem abalar os poderes políticos, econômicos e religiosos vigentes pode causar uma grande revolta. No entanto, a exemplo de Lutero que traduziu a bíblia para o alemão, toda informação e conhecimento devem ser compartilhados, mesmo que ocorra uma ruptura com leis e dogmas anteriormente impostos por um poder maior.
O Samhain é celebrado por uma das mais antigas religiões do planeta, cuja característica mais marcante é o contato simbiótico com a natureza e a ausência de dogmas restritivos. Os pagãos observam atentamente os movimentos planetários, solstícios e equinócios como a respiração da Terra. Este contato visceral com a Terra e outros mundos invisíveis traz compreensão intuitiva do valor da vida como algo que vai muito além da matéria animada.
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