Belphegor na Atualidade
O Sol encontra-se no centro da Árvore da Vida na esfera de Tiphareth, a Sephirah mediadora entre o macro e o microcosmo. Representa a Vontade e a Individualidade, a alma singular e única de cada ser humano. O arquétipo crístico do sacro-ofício para atingir o aurum nobilis, transmutando o ego na essência da personalidade superior. Esta é a verdadeira jornada do herói: percorrer o labirinto de Maya, enfrentar os desafios, armadilhas, enganos, apegos, e chegar ao Eu Superior. Apolo, Amon Rá, Osíris, Hércules, Jesus Cristo, Odin, Krishna são exemplos de heróis que nos ensinaram através das diversas culturas ou religiões humanas a percorrer o caminho até Tiphareth ou o Sol.
O reverso, o Sol Negro, é dominado por Belphegor, o arquidemônio da Qlipha Thagirion, onde a individualidade é distorcida pelo egoísmo e egocentrismo, ou seja, a 'matéria escura do Universo' que precisa ser transmutada em luz e vitalidade. Não confunda egoísmo com individualidade, portanto. Belphegor tem expandido seu domínio nos tempos atuais por meio da mente grupal, que visa o acúmulo de ideias distorcidas adaptadas da visão de mundo midiática ou de prazeres sensoriais que desviam o indivíduo dos desafios naturais da vida e o conduzem à preguiça e à hipocondria, pois o sofrimento destes desafios naturais devem ser combatidos com a “felicidade” do sucesso material, supérfluo e ilusório.
Ignorar a individualização e a jornada do herói singular é a porta de entrada para a confusão mental, a preguiça, desolação espiritual, a dissociação psico-mental e o apego irracional a futilidades ou banalidades, campo de trabalho de Belphegor. Rompe-se a conexão com o intelecto supramental intuitivo de Yesod, Sephirah lunar do Plano Astral, pois as emoções e sonhos são obscurecidos pelo peso da ignorância. Desta forma, a criatividade é bloqueada e a assimilação de opiniões geradas pelo mundo exterior dominam a mente 'zumbi' sem cultura, sem educação, seguidora de doutrinas e ideologias destituídas de lógica. A preguiça mental é alimentada, obviamente, pelas redes sociais, além da mídia dominante.
Portanto, além da jornada heróica de atingir o centro, o Sol, Thiphareth, lapidando a pedra filosofal e descobrindo a missão singular, cada um de nós necessita observar as armadilhas de Belphegor, que induzem à culpa ao questionar o movimento de manada e pensar por si só. Não reduzir o intelecto individual ao “senso comum”, que nada mais é do que a polícia do pensamento orwelliana, é seguir os passos do arquidemônio ou o arquétipo da escuridão e da ilusão da caverna platônica. O trânsito de Plutão em Aquário nos alertará sobre isto até 2044. São gerações que devem cultivar o intelecto e a criatividade individual para regenerar constantemente sua própria centelha divina.

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