Descartes e a Glândula Pineal
Aproveitando o duplo quarto crescente envolvendo a Lua em Sagitário e o Sol em Virgem – tivemos um em 24/8 e outro hoje – e, para não ser repetitiva, decidi escrever sobre René Descartes, que buscou um método universalmente válido e seguro para o conhecimento (Virgem) com brilhante sabedoria em sua busca pela verdade (Sagitário), por isso considerado o pai da filosofia moderna.
Mais conhecido pela sua famosa máxima “cogito ergo sum” (penso, logo existo), Descartes também apoiou-se no conhecimento intelectivo em detrimento do empírico, sustentou as “ideias inatas” do intelecto humano como a eternidade e a infinitude, em evidente paralelo ao “mundo das ideias” de Platão e, depois de presenciar a dissecação de um cadáver, concluiu que a glândula pineal atua como conector entre o corpo e o espírito. Daí surgem algumas perguntas: como um filósofo racional chegou a esta conclusão desta forma? Por que ele entendeu, durante uma dissecação, uma propriedade tão singular para a glândula pineal?
Descartes nasceu em 31 de março de 1596. Obviamente, o horário de nascimento é desconhecido, por isto que considerei a roda zodiacal fundamental com o ascendente a 0 graus de Áries. Existem algumas peculiaridades em seu mapa dignas de destaque: Plutão e Urano conjuntos em Áries representando o momento revolucionário e criativo no conhecimento científico e nas artes para a geração que estava se formando. No mapa de Descartes, além da configuração geracional transaturnina, Júpiter e o Sol também em Áries estão envolvidos no encontro entre o revolucionário Urano e o denso e profundo Plutão. Richard Tarnas descreveu esta singularidade no mapa do filósofo com muita precisão e inspiração em seu “Cosmos and Psyche”:
“Este talvez seja o retrato cósmico mais vívido que se possa imaginar para aquele que declarou o nascimento do 'eu' moderno em toda a sua radiante glória solar, identidade poderosamente centrada e confiança emancipatória.”
Em poucas palavras ele descreveu o Sol radiante em Áries (fogo, cardinal) unido ao poder e ao foco centralizador de Plutão, além da confiança jupiteriana que não vê limites para a emancipação de suas ideias, ou seja, para a ruptura de paradigmas que Urano traz em seus ciclos. Descartes manifestou-se fisicamente no mundo neste exato momento representando todo este significado e propósito de vida.
Não há mais muito a acrescentar aos cinco astros em Áries de Descartes, a não ser uma pequena observação sobre Mercúrio que compõe este “cometa” fúlgido e abrasador: este sábio ariano é um exemplo perfeito da personalidade intuitiva junguiana.
De fato, ele estabelece quatro etapas em sua metodologia dedutiva a fim de comprovar a veracidade de um conhecimento e, uma das etapas é a intuição ou a “clareza para o raciocínio”. Vejam que Netuno em Leão realiza trígonos com o Sol, Júpiter e Urano. Este contato ígneo com o Netuno, o astro voltado à psique coletiva, ressalta ainda mais o poder intuitivo de Descartes em descobrir alguns mistérios ou ir muito além do conhecimento empírico que estava começando a dominar a ciência da época.
Portanto, quando intuiu a função transcendente e imanente da glândula pineal, não só confirmou o que a sabedoria oriental conhecia há milênios, mas também permitiu que o intelecto humano ultrapassasse os limites meramente materialistas. Como bom matemático, fez isto de forma precisa e organizada, digna de seu Saturno em Virgem.
Na sabedoria oriental, a glândula pineal é ligada ao chakra coronário ou Sahasrara que localiza-se acima do topo da cabeça. A função deste chakra ou centro energético é estabelecer uma unidade ou o equilíbrio da dualidade entre a consciência individual com a consciência universal. No plano físico, a glândula pineal produz o hormônio melatonina, responsável pelo equilíbrio entre a vigília e o sono. Praticantes do desdobramento astral ou viagem astral costumam ingerir substâncias ou praticar meditações a fim de estimular o funcionamento desta glândula e chakra respectivo. Sonhos e projeções advêm deste processo. Aqueles que têm um bom equilíbrio entre a pineal e o chakra coronário, além de praticar meditação regularmente, contatam mais facilmente o plano astral.
Todo o nascimento não é uma mera coincidência. Após séculos, podemos analisar o mapa de nascimento de Descartes e de outras personalidades imortais entendendo que uma alma só se manifesta fisicamente quando a linguagem do céu emitir sua fórmula. Esta é a magia do conhecimento esotérico: compreender a sintonia entre o macrocosmo e o microcosmo. Descartes intuía a lógica do universo e sabia que existia um mundo onde as ideias são pré-existentes ou eternas. Seis astros no elemento Fogo, cinco em Áries e um em Leão, estabelecendo uma conexão criativa, expansiva e ilimitada. Saturno em Virgem foi decisivo para organizar e sistematizar toda esta informação fluindo para ele a partir do mundo das ideias.
É interessante estudar e pesquisar estas grandes personalidades, cujo trabalho não se resume apenas a regras e definições metodológicas. Por curiosidade ou intuição, elas esbarraram no lado oculto do conhecimento, dificilmente mencionado ou explorado nos canais oficiais. Poucos sabem que Galileu e Kepler eram praticantes e estudiosos da Astrologia, pois o empirismo e o materialismo, infelizmente, dominaram o conhecimento ao longo dos anos e a divulgação do mesmo pelos meios acadêmicos.
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