SOL EM CÂNCER - SOLSTÍCIO DE INVERNO
Zoroastro ensinou que os cultos a Mitra deveriam ser feitos em uma caverna com dois símbolos zodiacais: de Câncer e de Capricórnio. O primeiro seria usado para a descida das almas para a Terra, o segundo, para ascensão. A manifestação das almas na Terra também é conhecida como nascimento, um dos atributos do arquétipo de Câncer.
Câncer, cujo elemento é Água, é um dos signos Cardinais, ou seja, responsáveis por iniciar uma estação da Natureza e carregar o selo de um Solstício ou um Equinócio. Momentos especiais no ciclo de nosso Planeta são festejados pelo Paganismo, cuja religião é basicamente o culto à Natureza. Câncer, em especial, conecta-se emocionalmente à maternidade e à família, por isto o atributo do nascimento. Todo nascimento representa um começo, uma origem e faz parte de uma história ou tradição. Todos temos nossa história desde o nascimento, e a história dos nossos antepassados que também compõe a nossa pelas influências familiares e dos respectivos locais de origem.
Por ser cardinal, Câncer não é apenas sensível no que concerne a família e origens, mas sempre está disposto a proteger e guardar estes atributos. Na Natureza, as mães estão sempre dispostas a correr grandes perigos para proteger suas crias. Precisamos também proteger nossas origens e tradições que fizeram o que somos hoje.
O astro regente de Câncer é a Lua e é muito fácil entender as afinidades energéticas entre signo e seu astro. A Lua no mapa astrológico de nascimento representa nosso primeiro contato com a figura materna: se ela foi fria, acolhedora, preocupada com o sustento, confiante. Desta forma, ela também expressa nossa alternância de humor, nossas necessidades e o que precisamos para nos sentir “alimentados”. Uma Lua natal em Sagitário, por exemplo, representa a fé, a paixão pelo conhecimento e por aventurar-se por outras culturas para formar suas verdades e crenças.
O arcano maior do Tarot, O Carro, é regido por Câncer e percorre o caminho cabalístico entre as Sephirot Geburah e Binah. Representa a luta e o rompimento com padrões a fim de compreender a dualidade a partir da Criação em sua manifestação no mundo material e ilusório. Em outras palavras, entender o passado não é aceitá-lo incondicionalmente, mas revisá-lo como aprendizado para o futuro ou para gerações futuras em sua rota evolutiva. Fugir desta luta canceriana é recolher-se dentro de sua carapaça, exoesqueleto ou caverna indefinidamente para evitar a dualidade tempo/espaço que a realidade física e cármica oferece. Por isto que os florais de Bach destinados ao desequilíbrio fundamental do signos de Câncer são Clematis ou Honeysuckle: para aqueles que fogem da realidade “aqui e agora” e estão presos no passado.
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