Roberto Carlos e a Erupção Ariana
Famoso pelas músicas de gênero predominantemente romântico, sorriso cândido, rapidez em reconhecer a paternidade de filhos fora do casamento, Roberto Carlos tem uma carreira tão tranquila quanto suas músicas dos últimos 30 anos. No entanto, sua alma é essencialmente ariana! Sol conjunto a Vênus, além de Mercúrio, revelam a marca do signo cardinal, elemento Fogo e regido por Marte, senhor da guerra.
Todos nascemos com vários potenciais representados no mapa de nascimento. Como, quando e se iremos desenvolvê-los é atributo do nosso livre arbítrio. Quem conhece o começo da carreira de Roberto Carlos, sabe que ele flertou com gêneros mais ásperos como o rock'n'roll, além dos filmes de aventuras na fase Jovem Guarda. Os “300 Quilômetros Por Hora” se alinhavam muito mais com seu potencial ariano e seu Marte rebelde em Aquário do que “Detalhes” que veio posteriormente em sua fase romântica. Por alguma razão, o rei optou pela suavização gradativa de seu repertório a partir dos anos 70.
Tudo o que ocorre na Natureza tende a realizar ao máximo o seu potencial. Criticar uma onça por caçar e se alimentar de uma capivara, além de ridículo, é desconhecer a realidade que a Natureza, em sua sabedoria divina, nos oferece. O livre-arbítrio e a racionalidade do ser humano nem sempre são nossos melhores aliados. Eles podem nos desviar de nossos potenciais por inúmeros equívocos: imposições sociais, necessidades materiais, familiares, crenças e assim por diante. Mas estes potenciais não desaparecem, pois existe uma razão para eles existirem. Você pode chamar de missão ou karma, mas eles são periodicamente lembrados conforme os ciclos planetários ao longo da vida. São aqueles momentos de crise, mudança, rompimentos, perdas, restrições, descontrole que provocam alguma atitude que nos aproxima da realização destes potenciais.
E é isto que está acontecendo com um dos músicos mais famosos da nossa História. Plutão nos últimos graus de Capricórnio está realizando uma quadratura com a dupla Sol/Vênus no último grau de Áries de Roberto Carlos e, sua reação frente ao fã exaltado nada mais é do que a ponta do iceberg do que está acontecendo em seu interior.
O espanto mediante a reação do até então tranquilo cantor se prolonga em vídeos onde ele distribui rosas com evidente mau humor. Roberto Carlos viveu intensamente a flor, agora ele se aproxima da autenticidade de seus espinhos dissimulados durante tanto tempo.
A agressividade vem em boa hora. Por mais que a comunidade zen queira acreditar, não somos apenas capivaras, somos onças também. Marte ainda não foi “cancelado” de nossos mapas natais. Marte e Áries influenciam algum aspecto em nossa vida. Alguns são menos influenciados, outros são mais, como é o caso do Roberto. Independentemente de sua influência, Marte nos leva a reagir, representa nosso instinto de sobrevivência, nossa força de agir quando ameaçados, nossa agressividade. Dependendo de sua localização, cada um de nós tem uma forma de reagir e de tomar decisões.
Os ciclos de Plutão, principalmente sobre nossos astros pessoais, são implacáveis em provocar uma erupção de realidades e de autenticidades por meio de crises, perdas e transformações pessoais. No caso de Roberto Carlos, a ação plutônica sobre seu Sol e Vênus atinge sua alma, seu “Eu Sou”, desmascarando as representações do ego: significa morte e renascimento. Particularmente, Vênus indica relacionamentos. Desta forma, é fácil imaginar os conflitos internos refletidos pelos externos nas ações do nosso eterno romântico – nem tão eterno e romântico assim.
Quanto mais tentamos negar nossa fatia ariana ou nosso Marte pessoal, nossa agressividade, nossos instintos desencadeiam destruição pela forma caótica e repressiva com a qual lidamos com nossa natureza humana. É humano xingar, chutar o balde, gritar, quebrar uns pratos. O nivelamento do politicamente correto está transformando os instintos marcianos em bombas prestes a explodir e destruir incondicionalmente. O sangue, regido por Marte, só esfria após a morte. Extrair o elemento Fogo de nossas almas é negar nossa individualidade e a força de impô-la.
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