Astrologia e Ativismo Quântico

 

Desde a primeira vez que ouvi falar de que a teoria quântica era uma alternativa evolucionária da teoria newtoniana, interessei-me imediatamente por ela. Afinal, foi graças à física racional de Sir Isaac Newton que a Astrologia perdeu o status de ciência e foi banida da academia, já que trata-se de uma ciência de partículas subatômicas, ou seja, quântica. Como assim? É o que pretendo explicar enquanto compartilho com vocês minhas impressões e experiências fascinantes ao longo do curso de Ativismo Quântico que tive a oportunidade divina de fazer com Amit Goswami.

Acreditava que este curso fosse acrescentar maiores informações e background suficiente para dar continuidade aos meus estudos e pesquisas não só no campo astrológico, mas também às minhas outras áreas de interesse e atuação, as terapias holísticas. Entretanto, eu intuia que seria um momento muito especial de expansão da consciência e avanço para meu Sol na nona casa, pois estava em pleno retorno de Júpiter, além de um trígono exato de Urano com meu Sol. O resultado superou muito minhas expectativas: para minha felicidade, acabo de integrar-me ao grupo de ativistas quânticos cuja proposta é uma mudança de paradigmas dos mais diversos que une – ao invés de separar ou comparar – a ciência com a espiritualidade pela causação descendente, ou seja, a Consciência Una é a origem de todas as possibilidades que dão ensejo à nossa liberdade de escolha. Esta união criativa e não destrutiva irá nos reconectar com nossa essência individual e, todas as essências individuais se encontram entrelaçadas na consciência divina. Não é lá grande novidade para os espiritualistas ou místicos, mas estamos falando de ciência. Uma ciência que não glorifica mais o materialismo científico em detrimento do transcendental, mas que reconhece Deus.

Este novo paradigma é perfeitamente adaptável à Astrologia que obedece às leis de Hermes de Trimegistro – provavelmente o primeiro ativista quântico deste planeta -, por exemplo, a mais famosa que é o Princípio da Correspondência (“O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima.”) é uma maneira de se entender a correlação entre sujeito-objeto e a não localidade quântica. Portanto, aplicando-se o ativismo quântico à Astrologia a ideia ou a função da mesma é reforçada como ferramenta de acesso aos arquétipos, autoconhecimento profundo, auxílio na evolução de nossos campos morfogenéticos, reconhecimento de nosso carma inerente e de nossa agenda de aprendizado, o dharma.

A partir do momento em que compreendemos nosso mapa de nascimento sob esta visão quântica, estaremos dando um passo em direção à consciência e ao nosso self quântico. Ao reconhecer nossa responsabilidade, resolvendo as dualidades, saindo do universo espaço-tempo podemos acessar o supramental. O nosso corpo supramental processa nossas intuições, aqueles “insights” que resolvem instantaneamente nosso problema mostrando o quão fácil é evoluir e lidar com a crise. O Ativismo Quântico dá a estes “insights” o nome de criatividade fundamental que você acessa saindo do condicionamento diário, o fazer (“do” em inglês) e se permite a relaxamentos contemplativos ou meditativos, o ser (“be” em inglês). A alternância destes estados nos faz sair dos hábitos alienados e alienantes que nos conduzem ao sofrimento e, de acordo com Amit Goswami, aderimos ao fluxo ou ritmo da vida equilibrada do “do-be-do-be-do-be”.

Nosso mapa astrológico de nascimento é a representação arquetípica do resultado evolutivo de campos morfogenéticos, nosso carma e nosso dharma. Mas não podemos observá-lo sob a ótica linear do materialismo científico que destituiu e denegriu a Astrologia transformando-a em entretenimento diário na mídia ou no fatalismo de um destino implacável que alimenta os egos de muitos “astrólogos” que celebram apenas os acertos como sucessos lotéricos. Devemos examiná-lo como ondas de possibilidades que, como observadores plenos de livre arbítrio, podemos fazer escolhas conscientes ao buscar o que há de melhor, mesmo nos aspectos astrológicos de energia cósmica mais crítica e desafiadora. Como? Não considerando mais dualidades ou planos de hierarquia simples. Um exemplo prático e sucinto: imagine um mapa de nascimento com Saturno em Virgem na décima primeira casa em oposição (180º) a Vênus em Peixes na quinta casa. A interpretação astrológica para este caso é : críticas severas de uma comunidade elitizada interferem na auto-expressão artística e na auto-estima deste indivíduo. Mas, como transcender e não conviver com uma espécie de “rótulo” que deprime seu livre arbítrio e, consequentemente, sua evolução? Como evoluir e cumprir esta agenda de aprendizado e seguir para a próxima encarnação? Como dar o tal “salto quântico”? Para começar, devemos entender os arquétipos inerentes aos signos de Virgem e de Peixes. A união do racional e do irracional. A prevenção organizada conectada ao inconsciente coletivo. A produção com o silêncio. Depois, os arquétipos de Saturno e Vênus. A responsabilidade com o prazer. Os limites com o amor. Aí, entramos em do-be-do-be-do e compreendemos que a responsabilidade e o amadurecimento organizado da comunidade conecta-se/une-se com meu amor inconsciente de expressão artística gerando uma onda de possibilidades e, se praticarmos a criatividade fundamental não resvalamos na baixa auto-estima ou na limitação crítica. Só se nos rendermos ao dualismo do mundo material.

A ciência quântica é a ciência da experiência. Saímos da “caixa”, dos padrões locais e determinados. A Astrologia nos ajuda com a percepção. Observar nosso mapa e progressões/trânsitos sobre ele é estar em estado de alerta (awareness), sair da alienação. Além disto, o estado de “be” – estar presente e consciente é poder observar inúmeras possibilidades e escolher, ao invés de se render ao medo e à falta de Amor – o produto direto do contato com o supramental e do colapso entre nossa consciência e a consciência Una.

Assim como Carl Gustav Jung, o Ativismo Quântico percebe quatro padrões diferentes de manifestação humana:

Jung também acreditava no inconsciente como possibilidade de manifestação dos arquétipos. Ao reunir-se com Wolfgang Pauli – um dos estudiosos da física quântica – como seu psicoterapeuta, ambos verificaram várias semelhanças entre a ideia da sincronicidade de Jung e o comportamento idêntico entre duas partículas subatômicas em locais distintos.


O interessante é perceber que o corpo supramental pode ser acessado se desenvolvendo os arquétipos ligados aos signos do elemento Fogo:

A coragem, o impulso instintivo e o pioneirismo original arianos;

A criatividade fundamental e não egóica do signo de Leão que nos leva ao reconhecimento do nosso self quântico;

A expansão sagitariana da consciência, a fé no caráter, no Self e no Deus interno que transcende além dos limites mente-corpo.

Isto não significa que apenas as pessoas que têm alguma relevância nos signos de Fogo estão habilitadas a atingir o supramental! Como doze chakras universais dos quais são formados os arquétipos, todos os signos encontram-se inerentes à nossa mônada quântica. Cabe a nós acessá-los ao longo de nossas reencarnações e, perante o desenvolvimento de funções (aspectos e elementos de nosso mapa astrológico).

No meio de uma crise, devemos nos aquietar (“be”), fechar os olhos, respirar conscientemente e retroceder 7, 14, 21, talvez 28 anos. São os ciclos de Saturno, o “cobrador” do carma e do cumprimento da agenda dharmica. Ao fazer esta “regressão”, devemos nos perguntar se estamos coerentes e satisfeitos com a realização de nosso Self ou se apenas nos rendemos à comodidade da zona de conforto materialista apenas satisfazendo temporariamente nosso ego que, como um leviatã/minotauro torna-se cada vez mais voraz nos deixando vazios e deprimidos. Se todos nós começarmos a fazer isto, encontrando nossa maneira particular de “ser”, talvez a deterioração da sociedade atual consumista e dos valores arquetípicos intemporais seja suspensa. O egoísmo exacerbado, as guerras, a satisfação superficial, a industrialização ilimitada em detrimento da conservação dos recursos naturais de Gaia a favor de uma “evolução” são consequências da dualidade imposta pelo materialismo científico que está levando a Humanidade à negação do não-local, do transcendente e de Deus.

A exemplo do protagonista do belo filme “A Invenção de Hugo Cabret” que afirma : “todos temos um propósito, até as máquinas têm seu propósito.” Todavia, quem programa os propósitos das máquinas somos nós. Não sejamos máquinas programadas vivendo o dharma de outros ou, pior ainda, vivendo totalmente sem propósito algum. Vamos começar a vivenciar com paixão e, principalmente, Amor nosso propósito unindo nosso self quântico com a Consciência Una. Ative-se quanticamente.

Pergunte, questione, pasme-se. Estes são os resultados da “contaminação” quântica. Estou à disposição para esclarecer o melhor possível qualquer dúvida a respeito deste novo paradigma na Astrologia. Em breve, também compartilharei resultados de meus estudos e pesquisas nas terapias holísticas sob o ponto de vista do Ativismo Quântico.


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