Memória e Historicidade - Casa 4 do Mapa Astrológico

 


Sob a ótica da teoria quântica, cada um de nós percebe o mundo e constrói a própria realidade a partir das experiências ao longo da nossa vida. Consequentemente, os fatos registrados na realidade particular compõem a memória e a respectiva historicidade da existência individual.

Todo este conteúdo que permeia a história de vida ou memória do indivíduo é reflexo das várias possibilidades de seu mapa astrológico de nascimento entrelaçadas com suas experiências. O determinismo não existe na Astrologia, nem na Física Quântica. Portanto, a realidade construída pelo indivíduo é o resultado de suas escolhas diante das possibilidades de seu mapa natal.

Por exemplo: imagine alguém que possua Vênus em Virgem no seu mapa natal. O prazer no trabalho, além da afinidade por práticas administrativas, organizadas e assépticas são características desta combinação. No entanto, a prioridade desta pessoa é o conforto e a harmonia no ambiente de trabalho. Trabalhar em um ambiente bagunçado e realizando funções que detesta acaba por promover doenças do trabalho. Quando ouvimos a historicidade desta pessoa, que pode estar desenvolvendo algum problema de saúde física ou revelando insatisfações em seu dia a dia, precisamos atentar para este tipo de configuração.

Outro exemplo: a Lua em Sagitário necessita de autoconfiança advinda do seu conhecimento ou experiências armazenadas ao longo de viagens. O movimento expansivo e dinâmico desta configuração lunar não permite limites ou rotinas enfadonhas. Quando ouvimos os relatos desta pessoa, precisamos atentar para seu humor e para a dinâmica de sua vida. Estados melancólicos não combinam com a Lua em Sagitário. Neste caso, investigamos o que limitou ou oprimiu o caráter expansivo e otimista comparando sua historicidade e os ciclos planetários concomitantes.

Os registros do passado e suas conexões com familiares, inclusive antepassados, podem ser entendidos por meio do estudo da casa 4 do mapa natal. Trata-se da base do mapa astrológico, encontra-se na metade inferior da mandala. O signo desta casa, seu astro regente e os astros que se encontram em seu espaço traduzem a visão e a correlação com o passado, com a família e o lar. Ela pode transpor as relações familiares de origem para a futura família que o indivíduo pode constituir e, a partir disso, a repetição de padrões que podem trazer felicidade ou infelicidade. Quando comparamos as memórias da história do indivíduo com os potenciais da sua casa 4, além dos respectivos ciclos planetários sobre seu regente, começamos a entender como aquela pessoa lida com suas lembranças. Esta análise sempre encontra origens de bloqueios, conflitos, tristezas e inseguranças.

Muitas vezes, o segredo da felicidade está em reconhecer e transmutar padrões que construíram recordações e vivências insatisfatórias ou, até mesmo, distorceram as respectivas experiências por meio de opiniões ou influências do passado. Esta nova leitura do passado é benéfica e pode alcançar um estado de segurança, conforto e felicidade, na medida em que “cada um expressa o significado de uma vivência própria”, conforme nos ensina a Filosofia Clínica sobre os termos agendados no intelecto.

Estas transmutações de significado e de padrões acontecem por trânsitos de Urano e Plutão sobre astros localizados ou regentes da casa 4. São ciclos com duração entre dois a sete anos que promovem rompimentos, perdas, renascimentos quando a escolha do indivíduo é pelo salto quântico evolutivo.

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